Não sei mais o que fazer com esse coordenador. Ele é técnico, mas não lidera ninguém.
- Jean Schiavinatto
- 25 de mar.
- 2 min de leitura
Nem todo profissional de alta performance está pronto para liderar pessoas. Mas, com o treino certo, dá pra virar o jogo.
A história do João – um talento técnico travado na liderança
João era o analista que todo mundo queria na equipe. Entregava antes do prazo, sabia todos os processos de cor, dominava as ferramentas. Quando surgiu uma vaga de coordenador, foi o nome mais votado.
Promoveram João. Tudo parecia resolvido.
Dois meses depois, a equipe estava em crise:
• Gente desmotivada
• Reuniões tensas
• Clima pesado
• E João… exausto
Na reunião com a diretora, a frase veio com peso:
“Ele é ótimo tecnicamente, mas não lidera ninguém. Você consegue resolver isso?”
A verdade que ninguém quer admitir:
Ser bom no que faz não é o mesmo que saber liderar.
Liderar exige competências completamente diferentes:
• Saber delegar
• Dar feedback
• Enxergar o todo
• Lidar com conflitos
• Desenvolver outros
E, na maioria das vezes, ninguém ensina isso pro novo líder.
Só jogam ele no cargo e esperam que funcione.
O que o João precisava — e o que 90% dos líderes também precisam:
1. Contexto do novo papel
Muitos líderes acham que precisam “fazer melhor” do que antes. Mas agora o foco não é fazer, e sim fazer os outros entregarem.
2. Autoconhecimento e escuta ativa
João nunca tinha parado pra pensar no impacto do seu jeito direto demais. Ele achava que “era só trabalho”. Mas a equipe sentia medo de errar.
3. Ferramentas de gestão simples, mas consistentes
Nada de teoria demais. O João precisava de um roteiro claro:
• Como conduzir 1:1 semanais
• Como dar feedback sem machucar
• Como organizar a demanda da equipe com clareza
4. Referência e modelo
Líderes aprendem observando outros líderes. João nunca teve um bom exemplo. Por isso, mostrar na prática (com simulações e roleplays) foi essencial.
5. Mentoria regular nos primeiros 90 dias
Sem isso, João voltaria ao padrão anterior. A cada 15 dias, sentávamos juntos para revisar situações reais da semana. A liderança começou a florescer.
Plano de Desenvolvimento Realista para Líderes Técnicos:
Semana Ação Prática
1 Sessão de alinhamento de expectativas + feedback 360 (simples)
2 Treinamento: “Diferença entre ser gestor e executor” + ferramentas de 1:1
3 Aplicação prática: condução do primeiro 1:1 com apoio
4 Simulação de conversas difíceis (roleplay com situações reais)
5 a 12 Mentoria quinzenal com foco em casos da rotina
Final Reavaliação da equipe + devolutiva estruturada
Conclusão:
Liderança é uma jornada.
João não virou um líder extraordinário do dia pra noite.
Mas ele deixou de ser um técnico solitário para se tornar um gestor em construção — e, mais importante, reconhecido pela equipe.
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